sábado, 19 de dezembro de 2009

Da boa vontade de abrir caminhos

Em 1995 ou 96, não lembro bem, li, num impresso informativo do sindicato dos bancários quando era estagiário no Banco do Brasil (sim, já fui bancário, ou pelo menos, estagiário em banco^^)umas trovas de cordel que muito me marcou, e que posto abaixo. Depois comento o mesmo.

Vanguarda
(João Olavo Roses)


Quem vai na frente

Não vê caminhos,

Cai no buraco,

Pisa no espinho.


Pés machucados,

Olhar dolente,

Mãos calejadas:

Quem vai na frente.


Quem vai na frente

Não vê estrada,

Em plena mata,

Abre picada.


Cavando a terra,

Joga a semente.

Não colhe flores

Quem vai na frente.


Quem vai na frente

Não tem asfalto.

Não tem conforto,

Só sobressalto.


Planta e não colhe,

Luta e não vence.

Sofre e não canta...

Quem vai na frente.


Mas abre estradas,

Planta caminhos,

Buracos tapa,

Arranca espinhos.


E deixa as flores,

Quem sempre faz

Feliz e alegre

Quem vem atrás.




Pois é, muitas vezes sentimos as agruras por executarmos um trabalho, cumprirmos uma tarefa, mas não é à toa. Certa vez meu frater rosacruz Isaac Newton bem observou ao dizer que viu mais longe porque se apoiou sobre ombros de gigantes. Assim, o grupo BEM (Bálsamo do Espiritismo em Música) sintetizou numa bela canção o pensamento do frater Newton:



SOBRE OMBROS DE GIGANTES
(Grupo BEM)


Não fui eu quem deu o primeiro passo
no caminho que eu percorri
Não fui eu quem cultivou as sementes
das flores que eu colhi no jardim
Existiu alguém
que abriu as portas pra eu passar
E ir além
de onde esse alguém pôde chegar

Se eu vi tão longe
foi porque estava apoiado
em ombros de gigantes
Se eu vim tão longe
foi porque segui os passos
de quem veio antes

Não serei eu a dar o último passo
no caminho que outros farão
Mas plantei as minhas próprias semente
dos frutos que outros colherão
Por onde andei
Havia uma luz pra seguir
E eu trabalhei
Para iluminar os que estão por vir


É uma bela canção.


Recebam meus votos de Paz Profunda!


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