quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz...Vida!

“Hoje, é um novo dia, de um novo tempo, que começou...”

Mais um ano termina, começa um novo ano e eu te pergunto: você mudou?

Rituais de ano novo, promessas, simpatias, superstições e... e nada! De nada adianta tudo isso se VOCÊ não mudar! Você não vai entrar na faculdade se não estudar o suficiente para passar no vestibular, você não vai pagar todas as suas dívidas e nem adquirirá as coisas que deseja se não trabalhar e economizar o suficiente, você não emagrecerá se não se exercitar e se alimentar adequadamente, as pessoas não vão te tratar melhor se você não as tratar como gostaria de ser tratado, você não vai encontrar um grande amor se você não der mais valor a si mesmo e se amar mais. O máximo que vai acontecer em 2011 se você não fizer nada é você contar mais um ano de vida, e só. Sinto muito, mas a vida não é fácil e eu precisava me lembrar disso e aproveitei para deixar isso escrito aqui para mais alguém.

É curioso como as pessoas fazem votos de ano novo desejando coisas boas para as pessoas como se de alguma forma apenas cumprissem uma tradição. Mais curioso ainda é encontrar as pessoas e elas te desejarem um feliz ano novo, quando no dia-a-dia sequer de desejam um bom dia, uma boa tarde, uma boa noite... Por que desejar coisas boas apenas na época da passagem de ano? Por que não tomar resoluções importantes e fazer planos – e colocá-los em prática – sempre que julgar necessário? Por que não começar a ter um feliz ano, ou melhor, uma feliz vida HOJE, independente do dia em que você estiver lendo esta postagem???

É com esta curta reflexão que encerro as postagens de 2010, te desejando não um feliz ano novo, mas uma feliz vida. Uma vida em que você faça o que tiver que fazer, que você desenvolva seus potenciais ao máximo, que você tenha grandes amores, que você seja útil à sociedade e que, ao fim desta vida, você não tenha a sensação de que faltou alguma coisa.

Muita Paz.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Natal - tô fora.

Não gosto de Natal. Pronto, falei. Agora é esperar as reprovações, mas antes que me apedrejem, vou tentar explicar porque não gosto desta época.

Não gosto daquelas veeeelhas músicas natalinas, que em 95% dos casos são tocadas como um chamariz para as compras. Não gosto da hipocrisia daquelas pessoas que durante todo o resto do ano estão que nem cavalo de parada – andando e cagando – para os pobres, mas que, no fim do ano, como que tentando se redimir, faz campanhas para doação de brinquedos e alimentos, APENAS NO FINAL DO ANO! E nos outros meses? As pessoas não comem? As pessoas não precisam de roupas? As crianças não precisam dos brinquedos que tanto ajudam no desenvolvimento? Dá licença, viu...

Brasil, América do Sul, clima equatorial e tropical... E tá lá nas vitrines aquele monte de representações de cenas invernais, com neve de algodão ou lã de perlom, e as pessoas passando de um lado ao outro pingando suor a, no mínimo, 30ºC de temperatura ambiente... E o pior são aquelas pessoas que sem alternativas de trabalho, se sujeitam a pesadas roupas vermelhas, cheias de pêlos, quentes como o inferno (se inferno existisse) para ganhar uns ‘trocados’ às custas da ridícula imagem do ‘bom velhinho’ que nada mais é do que uma propaganda da Coca-Cola. É, isso mesmo que você leu, propaganda da Coca-Cola, pois a figura clássica do São Nicolau, Santa Claus ou Papai Noel tem roupas em cores como marrom e preto; A roupa vermelha com detalhes brancos e pretos surgiu como marketing da Coca-Cola e a moda pegou.

E as festas de fim de ano? A família briga o ano inteiro, são rudes uns com os outros durante todo o resto do ano, aí faz um esforço para ‘se suportarem’ durante as festas de fim de ano que, não raro, tem desentendimentos e depois de uns goles de vinho, dizem tudo o que ficou entalado na garganta durante o ano inteiro. In vino, veritas...

E Jesus? Pois é, Natal é a comemoração do nascimento (ou melhor “encarnação”) de Yehoschuah ben Yossef, conhecido como Jesus, o Cristo. Um catatau de gente faz festa e esquece o homenageado, e o pior, é que não esquecem d’Ele apenas no Natal. Esquecem do Mestre durante todo o ano – se é que chegaram a conhecer sua mensagem, seus ensinamentos.

Por essas e outras que eu não gosto de Natal e prefiro me isolar.

sábado, 2 de outubro de 2010

Processo Eleitoral - a minha resposta à torrente de e-mails

Abaixo, a mensagem que enviei aos muitos amigos dos quais recebi e-mails sobre o porcesso eleitoral:


Caros(as) amigos(as)

Antes de quaisquer outras palavras, gostaria de agradecê-los pela preocupação com os rumos que NOSSO país tomará nos próximos anos com a eleição de novos (ou nem tanto) representantes nos Poderes Executivos e Legislativos. Aproveito ainda para expressar minha gratidão por sua amizade e atenção.

O motivo desta mensagem é simples: quero, depois de dezenas (ou até centenas) de e-mails recebidos com notícias alarmantes sobre candidato ‘A’, ‘B’ ou ‘C’, expressar minha opinião sobre isso e mais uma vez, agradeço sua atenção para com este que vos escreve.

Como profissional de Educação Física e atualmente cursando mestrado numa linha de pesquisa que contempla o estudo e a investigação em perspectiva histórica e sociocultural da Educação Física e das práticas corporais, esportivizadas ou não, sua escolarização, suas práticas e representações, e por isso, me considerando alguém que reflete sobre aspectos transdisciplinares que abrangem inclusive a política, quero tecer alguns comentários sobre a torrente de e-mails recebidos aos quais me dispus a ler até para que pudesse dar um retorno aos(às) caros(as) amigos(as) que, desta forma, expunham sua opção política.

Em primeiro lugar, sim, estou ciente de que Dilma Roussef foi militante do partido comunista e embora em seu site diga que ela não participou das ações armadas, mesmo que isso tenha acontecido, por mais que porventura tenha assaltado, seqüestrado e até matado, se você hoje goza de liberdade de expressão, podendo inclusive dizer um palavrão na rua onde haja policiais, agradeça aos brasileiros que lutaram por nossa liberdade política. Nasci durante os ‘anos de chumbo’, embora só tenha vivido neles até os 8 anos quando o General João Batista Figueiredo deixou o poder e se iniciou a campanha por eleições diretas. Não votaria jamais numa pessoa que num Estado Democrático de Direito tivesse pegado (ou não) em armas para transgredir as leis que garantem um mínimo de ordem em nossa sociedade.

Em segundo lugar, considero que as pessoas têm suas predileções e características pessoais que as capacitam a melhor servirem ao seu País neste ou naquele cargo público. Não é porque um(a) candidato(a) teve uma atuação excelente como parlamentar que o(a) mesmo(a) terá um excelente mandato num cargo do Poder Executivo. A história política de nosso País conta com muitos exemplos de parlamentares ‘inúteis’ que posteriormente tiveram mandatos excelentes no Poder Executivo, bem como casos inversos. Poucos, infelizmente atuaram bem nos dois Poderes e, lamentavelmente, muitos foram infelizes em todos os mandatos. A culpa, certamente é NOSSA, e me incluo, como brasileiro nato, por não me interessar por política até pouco tempo, votando mais por simpatia do que por analisar criteriosamente as propostas dos(as) candidatos(as).

Em terceiro lugar, excelentes propostas de governo ou atuação parlamentar NÃO são garantias de um bom mandato, pois ninguém governa sozinho. Um candidato com propostas ‘sensatas’, ‘agradáveis’ e até mesmo ‘viáveis’, mas que não pertença a uma coligação partidária que tenha uma representatividade que lhe dê apoio político para aplicar as propostas está fadado a ser apenas mais um candidato que tem um grande potencial, mas que por falta de sustentabilidade política, não consegue tirar do papel suas propostas.

Em quarto lugar, gostaria de lembrar àqueles que, assim como eu, já passaram dos trinta anos e VIVERAM o processo de impeachment do ex presidente Fernando Collor de Mello, que, embora tenhamos sido induzidos a votar nele por todo um processo de marketing que nos ‘vendeu’ a imagem de um presidente jovem e cheio de disposição para governar, mas que ‘fez besteira’ inclusive ao escolher mal seus assessores, que caso aquele(a) que elegermos seja apenas mais um fruto do marketing político, podemos, da mesma forma, tirá-lo(a) de onde o(a) colocamos. Nem que para isso seja necessário protestar e até mesmo pegar em armas.

Em quinto lugar, agradeço àqueles(as) que me enviaram mensagens com propostas de candidatos, as quais pude então analisar e optar por aquelas que mais me pareceram coerentes e aplicáveis para o bem comum.

Por fim, quero mais uma vez expressar o meu apreço por vocês a quem envio esta mensagem, pedindo-lhes que não tome esta como uma afronta ou algo que a valha, mas apenas como a minha resposta à torrente de e-mails recebida.

Com um sincero abraço e protesto de apreço,

Prof. Wallace Rocha Assunção



PS: Esta mensageme foi enviada a muitos contatos, como 'cópia oculta', preservando a privacidade de meus contatos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Minha nada mole vida" (ou apenas atualizando^^)

Olá, pessoas.


Desde março não posto nada em meu blog, então vou tentar atualizar os dois ou três (se muito) leitores.


Com os estudos do mestrado, não tive ânimo nem muito tempo para escrever. Havia dias em que lia (tendo que entender, fazer resumo, etc) mais de 100 páginas de textos densos, chegando ao cúmulo de, numa semana, ler cerca de 1200 páginas, ou seja, praticamente os três volumes de O Senhor dos Anéis, que quando estive ávido para termnar de ler logo, li em 11 dias há alguns anos. Passei pelo primeiro semestre até com relativa tranquilidade, embora ainda tenha que cumprir com os trabalhos finais de duas disciplinas, mas acredito que resolva isso até a próxima semana.


Tem sido bem difícil estar afastado do Karate, tanto como professor quanto como praticante. Nesse tempo todo, estive apenas uma vez na academia do Sensei Adilson, meu mestre, para treinar, mas pretendo voltar a treinar lá pelo menos duas vezes por semana, mas para isso estou esperando resolver os impasses sobre minha bolsa de pesquisa, e isso tem sido um baita embrólio, pois a princípio tive a bolsa negada, assim como oito dos alunos do mestrado que se candidataram, sendo que eu e mais dois colegas fomos até a secretaria do mestrado e pedimos ao coordenador que entrasse com recurso administrativo. O recurso foi deferido, mas ainda estamos esperando para saber quantas e a quem caberá (ou caberão) as bolsas a mais que foram liberadas. Caso não consiga, tenho que conseguir um trabalho para pagar minhas dívidas (principalmente cartão de crédito...) e isso não só me impedirá de voltar a treinar Karate, como também me atrapalhará a cumprir com mais três disciplinas para 'fechar' os créditos do mestrado, ficando por conta apenas da pesquisa para alcançar o grau de Mestre em Educação Física.


Coisa chata: desde que soube que ia fazer mestrado, sabia que seria complicado continuar com o trabalho de evangelização infantil no Grupo Espírita que frequento (reforma ortográfica idiota, odeio ter que deixar de usar trema... quem freqüentava com trema, frequentava melhor...) pois tanto preciso descansar a cabeça de uma semana de estudos, quanto fico preocupado em ter que preparar aula, uma coisa interessante, algo que prenda a atenção das crianças. Mandei um e-mail para os coordenadores, sabendo que vão tentar me convencer a voltar, mas não quero, preciso desse tempo para mim. Vou aproveitar esse tempo frequentando a Loja Rosacruz de Vila Velha, onde me sinto bem, e onde aprendo bastante, conversando com os membros mais velhos dessa Fraternidade.


Falando sobre a Ordem Rosacruz, fico contente que o Pronaos Rosacruz que estava localizado em Anchieta tenha sido transferido para Guarapari, devendo começar a funcionar em agosto. O Pronaos é o menor dos três tipo de Organismos Afiliados da Antiga Mística Ordem Rosacruz, AMORC, onde se realizam rituais inspiradores e muitas vezes, palestras abertas ao público. Mesmo sendo membro da Loja Vila Velha, me dispus a fazer uma placa esculpida e pintada para o Pronaos, veja só como ficou:



Encontrar a Ordem Rosacruz (ou ser encontrado por ela, eis a questão) foi uma ótima coisa na minha vida. Se o Espiritismo me explicou muitas coisas sobre a vida, a Ordem Rosacruz tem me explicado outras mais, além de técnicas que me permitem ter um maior domínio sobre minha própria vida.
Sugiro que conheçam, sem preconceitos, a Ordem Rosacruz - AMORC - uma grande fraternidade que reúne homens e mulheres de todo o mundo, de todas as religiões, acessando o site http://www.amorc.org.br/dominio.htm e baixando o documento "O Domínio da Vida" ou solicitando gratuitamente que lhe seja enviado uma versão impressa do mesmo.
Bem, acho que por hora é tudo.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Fim de um ciclo?


O ano é 1999, dia 29 de março e, depois de muitos anos esperando, finalmente tenho minha primeira aula de Karatê. No mesmo ano, alcanço a faixa amarela e a faixa vermelha. Em 2000, alcanço a faixa laranja e mudo de professor e de horário. Competindo desde 99, me empolgo e participo de mais competições, com pouco sucesso, é verdade, mas até achava aquilo interessante; no fim do ano, alcanço a faixa verde com a impressão de que somente após mudar de professor - agora não era mais um atleta que me dava aula, mas um casal sério e competente, Sensei Adilson e Sensei Lia – começo a aprender Karatê de fato. Ainda nesse ano, um colega de treino, Angelo Ton, se torna meu melhor amigo, um irmão, hoje veterinário, estudando também medicina humana. Um longo e proveitoso aprendizado em 2001 (com uma curta passagem pelo Taekwondo) me leva à faixa roxa no final do ano. Nesse ano, tento vestibular para Educação Física pela primeira vez, e não passo na segunda fase.



Em 2002 projeto seriamente estudar Psicologia e, por motivos profissionais, não me preparei adequadamente para a prova, ficando muito mal classificado na lista de suplentes. Alcanço a faixa marrom com muito esforço. Ainda em 2002, o hoje advogado Leonardo Mocelim, que a pedido do Sensei Adilson me ensinou as primeiras técnicas, se mostra um grande amigo. Angelo e Leonardo, amigos pra toda vida, haja o que houver. Em 2003, treino duro para alcançar a faixa preta, ao mesmo tempo em que estudo para o vestibular, novamente para Educação Física. Após passar em sexto lugar na primeira fase, quis o destino que o exame acontecesse no mesmo dia que a prova de redação da segunda fase e que o exame se atrasasse muito. Terminei o exame exausto, pois o calor era intenso e saio correndo para fazer a prova e chego faltando apenas 15 minutos para fecharem os portões. Alcanço a faixa preta e passo no vestibular em sétimo lugar.



O ano agora é 2005, finalmente começo a ensinar Karatê, motivo pelo qual busquei estudar Educação Física. Entre muitos alunos interessados que tiveram que abandonar as aulas por causa de estudo (afinal, entravam também no ensino superior) e alunos que ficavam por pouco mais de um mês, penso que passou de cinqüenta o número de alunos a quem pude transmitir um pouco desta arte que tanto bem me fez e faz. Mas tudo obedece a ciclos...



2010. Após alguns meses trabalhando em escola de ensino fundamental, ensinando Karatê em academia e em projeto comunitário e, estudando para o mestrado em Educação Física, consigo ser aprovado e, antes mesmo de ver a grade de horários, já sentia algo “pesado” no ar; Já sabia que seria difícil conciliar o ensino do Karatê com os estudos do mestrado, produção científica e tudo o mais, mas esperava com boa vontade, conciliar as coisas. Mas parece que chegou o fim do ciclo do Karatê para mim, faltando poucos dias para completar onze anos nesse caminho que trilhei, pois a grade de disciplinas é distribuída das 8 às 22hs, nos cinco dias da semana.



Aos meus mui caros mestres, Sensei Adilson e Sensei Lia, ficam a gratidão e o respeito de tantos anos de convivência, aprendizado e companheirismo dentro da equipe de arbitragem e da Associação de Karatê de Guarapari. Aos companheiros de treino e então colegas docentes, Gilson e Adilson Júnior, deixo a responsabilidade de perpetuarem a tradição e o bom nome da ASKARI; contem comigo no que eu puder ajudar. Aos muitos colegas de treino desses quase onze anos, minha amizade e meu apreço, salvo raras e lamentáveis exceções. Aos tantos alunos que tive a oportunidade de ensinar desde os primeiros movimentos até, em alguns casos, técnicas avançadas, fica o meu pedido de perdão por não podermos mais caminharmos juntos, mas quero que saibam que até o fim de meus dias, lembrarei de nossas aulas, principalmente dos bons momentos, mas também dos maus momentos com os quais pudemos aprender valiosas lições. Na medida do possível, estarei ligado ao Karatê, mas agora, se não é o fim de um ciclo, é, em meu entender, uma longa pausa necessária.



“O Karatê é uma atividade para toda a vida”.
Funakoshi Gichin – 9° princípio fundamental do Karatê

OSS!