sábado, 6 de fevereiro de 2010

Da Falta de Bom Senso - Parte V - O Carnaval.

“Ói nóis aqui ‘traveiz” para descer o malho na falta de bom senso alheia!

Carnaval... Quando ouço essa palavra, me dá uma vontade extrema de possuir uma máquina do tempo que me permitisse saltar uma semana a partir da quinta-feira. Nessas horas, por ainda estarmos impossibilitados tecnologicamente de realizar tal feito, lamento não ter dinheiro suficiente para me refugiar numa pousadinha esquecida no meio das montanhas, onde sequer fosse possível ligar a TV e ser obrigado, a cada cinco minutos, a ouvir o maldito “E lá vou eu, LÁ-VOU-EU”...

Revolto-me com o DESPERDÍCIO de dinheiro com algo tão inútil como o carnaval. Enquanto “as comunidádi” se rasgam de trabalhar noite adentro para fazer fantasias e enfeitar os carros alegóricos com dinheiro tanto subsidiado pelos governos quanto pelo tráfico e jogo de bicho (que ainda é contravenção penal!), muitas pessoas ainda dormem nas calçadas, muitas crianças ainda passam fome e, outras ainda, estudam em escolas sucateadas, sob a regência de professores pessimamente remunerados. Uma coisa que não consigo aceitar é que se um governante está onde está, sabendo o que sabe, é porque vários professores lhes conduziram a instrução intelectual a tal ponto que adquirissem autonomia para alcançar tais postos de comando. Alguém alegará que se trata de festa popular mundialmente conhecida e que traz turistas ao Brasil. Ok, mas dos turistas que vêem, muitos o fazem com o intuito de realizar o chamado turismo sexual e pior ainda, com intuito de realizar suas perversões pedófilas, pois nessa festa de Momo, meninas desde a mais tenra idade vestem trajes sumários e dançam de forma sensualíssima. Antes o dinheiro fosse empregado para dar maior infra-instrutora às nossas praias que muitas vezes sequer possuem um banheiro público ou ruas que lhes dêem acesso calçadas, o que permitiria uma melhor limpeza.

Entendendo como a coisa funciona, o carnaval surgiu como uma forma de permitir que as pessoas extravasassem seus instintos mais animalescos, mais carnais (daí o nome carnaval) antes de entrar num período de recolhimento espiritual quando da época da quaresma, que são 40 dias antes da festa da Páscoa. Geeeente... quanta hipocrisia!!! Então quer dizer que durante os dias de carnaval o sujeito vai “colocar os bichos (e as bichas, he he) pra fora” e depois vira santo??? Dá licença, viu...

E os aspectos sanitários??? É uma festa que traz implícito o consumo imoderado de bebidas alcoólicas e drogas de toda espécie; não bastasse isso, dementados pelo uso de tais entorpecentes, pessoas (pessoas???) realizam suas necessidades fisiológicas em plena rua, deixando aquele ‘perfume’, além de, é claro, jogarem confetes, serpentinas e aquelas famigeradas espumas em spray. Confetes e serpentinas não raro caem nos bueiros de drenagem da água das chuvas... depois o pessoal reclama que as ruas alagam após qualquer chuvinha... OLHA A FALTA DE BOM SENSO AÍ, GENTE! CHORA CAVACO!

Penso que ainda não fizeram uma estatística sobre os abortos praticados nos meses seguintes ao carnaval - por razões óbvias, pois o aborto na maioria dos casos é um crime – uma vez que envolvidos numa atmosfera de sensualidade e com a razão tolhida pelo uso de tantas substâncias entorpecentes, se praticam atos sexuais sem a devida proteção, o que agrava ainda a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. E não me venham argumentar que as campanhas para o uso de preservativos preenchem essa lacuna, pois o buraco é muito mais embaixo, uma vez que, como já disse, o uso de entorpecentes tolhe a razão dos foliões.
Quanto ao ambiente vibracional... Lamentável. A irreverência e a sensualidade desmesuradas presentes nos ambientes carnavalescos baixam as vibrações de tal forma que induz os foliões a entrarem em sintonias tão inferiores que fazem uma “lambança espiritual”, atraindo espíritos inferiores da pior espécie, que se ‘alimentam’ de seus excessos, causando viciações ao álcool, entorpecentes e sensualidade irregrada que podem, não raros casos, causar perturbações psíquicas de todas as espécies. Nas zonas espirituais mais inferiores subjacentes à Terra, Calígula se delicia na época do carnaval...

Independente de aprovar ou desaprovar tanta insensatez, doe sangue. Dados os excessos cometidos nesta época, acontecem muitos acidentes de trânsito e muitas vidas deixam de ser salvas por falta de transfusões de sangue. Sendo maior de 18 anos, procure um hemocentro e doe uma pequena parte de si. Só dói uma picadinha da agulha e é feita uma bateria de exames que você recebe em casa algum tempo depois da doação e, caso haja algum problema de saúde detectável, o laboratório avisa por carta ou telefone. Doe sangue, doe vida.

Paz!

Um comentário:

  1. Pois é Wall

    Infelizmente a maioria das pessoas ainda não se deram conta de que é preciso ter senso critico pras coisas da vida, mesmo que tais coisas sejam tradicionais, nem todas as tradições valem a pena ser seguidas.
    Mas, estamos longe de que o mundo seja um lugar onde o bom senso predomina ...
    Mas com calma chegaremos lá..passo a passo, dia após dia.
    ;)

    De

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